domingo, 16 de fevereiro de 2020
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
O que é história?
O que é História?
O que é História? Essa pergunta faz-nos refletir sobre a utilidade dessa disciplina para nossa vida, sobretudo quando ela consegue dar respostas sobre curiosidades que nos afligem.
Muitas pessoas fazem essa pergunta na tentativa de dar resposta à outra: “Para que serve a História?”. Bom, poderíamos dizer, inicialmente, que a palavra “história”, para os antigos gregos (que a criaram), significava “pesquisa”, “investigação”, isto é, implicava a busca pelos vestígios dos fatos passados, das glórias e das tragédias vividas pelos homens e mulheres que nos antecederam. Essa busca pela reconstrução desses fatos tinha o objetivo de não deixar morrer a memória de um povo, de uma nação, de uma civilização ou da humanidade como um todo.
Quando nos vem à mente alguma curiosidade sobre a História, sempre estamos querendo reavivar essa memória e nunca deixá-la perecer. É por isso que a História sempre esteve presente em todas as civilizações. Quando perguntamos “o que é a civilização grega?” ou “o que é a Revolução Francesa?” ou, ainda, “o que é a Marcha Para o Oeste dos Estados Unidos?”, estamos a perguntar sobre coisas que, quando elucidadas, ajudam-nos a entender melhor o sentido da presença humana na Terra, ainda que não digam respeito à nossa vida diretamente. Veja um exemplo:
Um jovem de 15 anos que mora no Brasil vê no noticiário uma reportagem sobre a Guerra Civil na Síria. Ao longo da reportagem, há referências a “grupos rebeldes sunitas”. A pergunta que vem imediatamente à mente desse rapaz é: “O que é sunita”? Por não estar diretamente ligado à população da Síria, o interesse desse jovem por um acontecimento atual leva-o a fazer uma pergunta que necessita de explicações históricas. Daí que, para entender a referida guerra, ele terá que saber não apenas o que é sunita, mas também o que é xiita, o que é islamismo, o que é radicalismo islâmico etc. Uma pergunta referente a uma curiosidade que envolva História sempre gera mais uma pergunta, e uma mais, e assim sucessivamente.
Outro exemplo possível seria o de uma pessoa que passasse pela região central da capital da Alemanha, Berlim, sem conhecer bem a história recente desse país e visse fragmentos de um muro que, ao que lhe parece, circundava boa parte da cidade. A pergunta que essa pessoa faria, instantaneamente, é “que muro é esse?” ou, mais precisamente, “o que é o muro de Berlim?”. Logo que recebesse as primeiras informações, outras perguntas viriam, como: “o que é a Guerra Fria?” e “o que é a Reunificação da Alemanha?”
Esses exemplos ajudam-nos a pensar sobre como a História pode suprir nossas necessidades de compreender o mundo. A História não tem necessariamente um caráter de utilidade funcional, como algumas ciências – a Química, por exemplo, que é usada para resolver problemas práticos: produção de remédios, refinamento de petróleo etc. A História é útil na medida em que nos dá a base para construirmos sentido, isto é, para conseguirmos entender como as coisas que se passam no mundo atual têm conexão com fatos passados. Esse sentido, invariavelmente, é construído por meio de uma narrativa, de uma história, no sentido de narração mesmo. É por isso que muita gente que gosta de ler ficção (romances e contos) também gosta de livros de História, pois a narrativa é a base para as duas.
Sendo assim, a História serve para nos situarmos no tempo, para não nos deixar desorientados, sem referências passadas e sem perspectivas para o futuro ancoradas nessas referências. Se você quer saber, portanto, mais profundamente o que é história, bem como as múltiplas curiosidades que ela suscita.
Por Me. Cláudio Fernandes
terça-feira, 12 de novembro de 2019
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
Você é um escravo?
Você é um escravos?
Recentemente fiz uma pergunta aos meus alunos: existe
escravo no Brasil de hoje? Tive a surpresa de ouvir que a escravidão
acabou há mais de 130 anos. Foi abolida pela princesa Isabel com a Lei Área em
1888, precisamente no dia 13 de maio.
Essa ideia é compartilhada por muitos cidadãos brasileiros, pois
acreditam piamente que hoje vivemos na mais pura liberdade, um mundo em que
somos livres para almejar e fazer escolhas perfeitas.
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| Imagem do Google |
Entretanto, ao pensar desse modo, o sujeito está envolto de falsas
ideias que plantaram no seu interior e por não conseguir enxergar a realidade
concreta acaba divulgando certos conteúdos nefastos.
O sociólogo Jessé de Souza, no livro "A classe média no
espelho" afirma que só quando bem compreendido podemos entender a razão específica
pela qual a escravidão continua entre nós, mesmo após ter sido abolida
formalmente. Ainda que as pessoas não sejam mais separadas pela cor da pele
desde o berço para serem senhores ou escravos, elas são separadas por processos
invisíveis que produzem efeitos semelhantes.
Assim, o acesso aos conhecimentos úteis, aquilo que o capitalismo
explora no trabalhador, tem como pressupostos a capacidade de se concentrar, o autocontrole,
a disciplina, a capacidade de pensamento abstrato e de pensamento prospectivo,
são as classes do trabalho semiqualificado e desqualificado que vão receber a
herança da escravidão.
Portanto, a escravidão é presente na sociedade hoje de uma forma
sutil, explorador, quase imperceptível, que não enxerga quem não tem o viés
manipulador e alienante.
Claudinei Martins de Oliveira.
domingo, 20 de outubro de 2019
O que falar?

O que falar?
São muitas as expectativas de um professor de sala. Seu sonho ultrapassa o ato de ensinar, pois remete a um projeto de vida sólido, onde o estudante desenvolva mecanismo de persuasão, de criticidade, de protagonismo e de uma vida urbana.
O professor tem essa missão no seu ofício. Precisa dessa clareza para chegar ao objtivo tão esperado. Levar o encanto do saber, isso mesmo, o saber; uma postura rara que lança o sujeto pensante para o mundo. Assim, a sobreviência tornar-se equilibrada, humana e cordial.
Diante de tantas oportunidades através das redes sociais, o conhecimento foi substituido pela informação, sem embasamento teórico, sem vivacidade e sem o conforto de um saber acabado. Entretanto, as informações das redes sociais fixam nos estudantes uma facilidade de apreender um pseduo conhecimento, dificultando o acesso ao mundo em que pode desvelar a verdade.
Portanto, o professor passa a ser mero transfiridor de informações para o estudande receber certificado. A essência da missão do professor, levar um conhecimento reflexivo, deixa de existir.
Claudinei Martins de Oliveria
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