Nos velhos tempos de névoa e dor,
Caminhávamos, perdidos, sem o amor,
A escuridão cobria o olhar,
E o futuro parecia se calar.
As ruas estavam vazias, sem luz,
Sussurros de medo, a alma que seduz.
Nos céus, um grito abafado ecoava,
A esperança, em silêncio, se apagava.
Os ventos traziam promessas de desatino,
O relógio parava, sem destino.
A dor era sombra, a sombra era dor,
E em cada passo, o eco do pavor.
Mas, entre as trevas, surge uma chama,
Tão pequena, mas com a força da alma.
Será que nos tempos sombrios haverá salvação?
Ou seremos escravos dessa escuridão?
Ainda assim, seguimos, passo a passo,
Em busca de um farol, de um novo abraço.
Que os tempos sombrios não nos roubem a verdade,
E que a luz brote, mesmo na adversidade.
Claudinei Oliveira
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